Viajando pela Guatemala

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Várias agências de turismo em Copan oferecem passeios até lá. A viagem, feita de van, custou U$ 15 para cada um. Saímos de Copan às 13h30 e chegamos em Antigua, antiga capital da Guatemala, às 18h30. A fronteira foi bem tranqüila, sem fila. O funcionário perguntou se iríamos somente até Antigua. Confirmamos e dissemos que voltaríamos no dia seguinte para Copan. Para sair, tivemos que pagar U$ 3. Depois, seguiríamos viagem para Bay Islands, em Honduras. São ilhas famosas pelo mergulho mais barato do mundo, pelas águas cristalinas e corais de recifes.

Em Antigua, a primeira impressão foi incrível. Estava anoitecendo e a cidade estava toda iluminada. A van nos deixou na Praça Central. Ao contrário de Granada e León, na Nicarágua, seus prédios coloniais são bastante conservados e preservados.

Ficamos hospedados no Hotel Refúgio II, a poucas quadras da praça central. Pagamos U$ 20 por duas noites. Incrivelmente barato. Simples, mas com água quente. Era tudo o que estávamos precisando, pois água “caliente” é artigo de luxo na América Central.
Tomamos um banho e fomos dar uma volta. Precisava usar a internet com urgência, por causa de umas pendências no trabalho. Depois, fomos tomar um vinho. Não faltam opções de restaurantes, bares e cafés, para todas as preferências e paladares. Fomos muito bem atendidos. Pedimos salada e vinho tinto (“rojo” em espanhol).

Saímos de lá às 23h30. No caminho para o hotel, nos perdemos. Deve ter sido o vinho. (risos). As ruas em Antigua se parecem muito. Por sorte, o garçom que tinha nos atendido no restaurante (muita coincidência) passou pela gente e, gentilmente, desviando-se do seu caminho, guiou-nos até o hotel. Uma prova da gentileza guatemalteca, que tanto testemunhamos.

No dia seguinte, acordamos cedo. Estávamos ansiosos para conhecer a cidade. De dia, poderíamos vê-la bem melhor.

A cada esquina e a cada rua, uma surpresa. Não conseguíamos parar de tirar fotos. Como já disse anteriormente, os guatemaltecos são muito educados, gentis e respeitadores. Param na rua para não atrapalhar nossas fotos e dão a vez para atravessarmos a rua. Até os taxistas são atenciosos, dando informações sem terceiras intenções. Também são prestativos ao falar-nos sobre a cidade, sempre nos alertando sobre algum perigo (roubos ou assaltos). Podíamos tirar fotos à vontade: ninguém cobrava nem se importava.

Na Praça Central, onde descemos ao chegar na cidade, há uma fonte (construída em 1738) que a ilumina durante a noite. À frente, está a Catedral de Santiago, fundada em 1542, destruída por terremotos muitas vezes e reconstruída entre 1720 e 1820. É belíssima, em estilo barroco. No seu interior, uma tumba com os ossos de Bernal Diaz del Castillo, conquistador espanhol morto em 1581. Ainda ao redor da praça, estão o Palacio de los Capitanes (1558) e o Palacio del Ayuntamiento (Conselho da Cidade, construído em 1743). Nesse, encontram-se o Museu de Santiago, com mobílias, artefatos e armas do tempo colonial; e o Museu del Libro Antiguo, com impressos da época e uma réplica da primeira impressora, utilizada em 1660 na Guatemala.

O nosso ponto de referência era o El Arco (um gigante arco amarelo ligando os dois lados de uma rua). Atrás dele, pode-se ver a Igreja La Merced (1548). Ela e todas as outras sofreram as ações dos terremotos, mas foram restauradas. A mais notável é a Iglesia de San Francisco, construída na metade do século XVI. Uma parte dela (do lado direito) cedeu, mas o restante ainda está intacto.

Há, também, a Igreja e Convento Las Capuchinas (1736), Igreja e Convento Santo Domingo, Igreja El Carmen (ruínas), Igreja Santa Teresa, Igreja San Agustin, Igreja La Concepción, Igreja Guadalupe, Igreja Santa Clara e Igreja Santa Catarina. Entre as ruínas, a que mais nos impressionou pelo tamanho foram as da Igreja e Convento de La Recolección. Construída entre 1701 e 1708, foi destruída por um terremoto em 1773. Ela fica mais afastada. Tivemos que pegar uma mototáxi para visitá-la. Todo o resto do trajeto foi feito a pé.

Uma parada para o almoço: escolhemos o restaurante Las Palmas, cujo dono é um guatemalteco autêntico. A comida estava excelente. Pedimos uma salada e um peixe. O local tem uma bonita e original decoração. Os banheiros são impecáveis e, ainda, há uma pequena biblioteca e uma loja de souvenir em seu interior.

Um ótimo lugar para se tomar café é o Café Condessa, na praça central. Lá experimentamos o biscoito de macadâmia. É a noz conhecida mais rica em óleo, atingindo até 78% de um óleo de alta qualidade, ajudando a equilibrar os níveis de colesterol. Podendo ser consumida crua ou cozida depois de seca, é utilizada em confeitos, bolos e bombons em substituição a outras qualidades de nozes. É vendida por vendedores ambulantes. Muito bom! Vale a pena provar.

O antigo prédio da Universidade de San Carlos, fundada em 1676, é outro destaque da cidade. Hoje, ela funciona na capital: Guatemala. Poucas quadras abaixo, o Museu de Arte Colonial com esculturas de santos e pinturas de artistas mexicanos.

Bem interessante é o Tanque La Union, onde as mulheres indígenas ainda lavam suas roupas. O tanque é enorme e fica em uma pracinha. Tiramos fotos também.

Ao final do dia, passamos em um supermercado, o único grande da cidade. Um pouco bagunçado, onde podia encontrar-se de tudo. Achamos até um queijo light lá, que até agora era inexistente na viagem.

Cercada de vulcões
A cidade histórica foi fundada 1543 em um vale rodeado de vulcões. Durante muitos anos, Antigua sofreu com terremotos que destruíram toda a cidade. Em 1773, após o tremor mais devastador, a capital foi transferida para a Cidade da Guatemala.

O Monte Tajumulco ou vulcão Tajumulco é o ponto mais alto da Guatemala e da América Central. Fica no departamento de San Marcos e, com 4.220 m de altitude, é a 24ª montanha do mundo em proeminência topográfica.

Antigua, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1979, merece pelo menos dois dias de visita. É linda. Deixamos de fazer um passeio ao vulcão Pacaya, único vulcão ativo perto de Antigua e com 2.552 m de altitude, para desfrutarmos mais a cidade. Podemos dizer que a conhecemos muito bem.

Para contemplar a cidade ainda melhor, subimos ao Cerro (monte) de La Cruz. A vista lá de cima é muito bonita. Pena que não podemos avistar o vulcão Água (3.766 m), pois o tempo estava nublado. Subimos em um pequeno grupo (meia hora de caminhada), acompanhados de policiais, para nossa maior segurança. Parece que houve alguns assaltos no local e, agora, só pode-se subir com a guarda policial. Porém, não constatamos nenhum perigo. Outros vulcões nas proximidades de Antigua são: Acatenango e Fuego.

Em resumo: entre os países da América Central que visitamos, a Guatemala foi o que mais nos surpreendeu. Com certeza, voltaremos, pois outros destinos precisam ser conhecidos no país: Quetzaltenango, Lago Atitlán e Tikal (pirâmides maias).

Voltando para Honduras
Saímos às 4h da madrugada de volta a Copán Ruinas. Tínhamos pago tudo em uma agência de turismo, localizada na praça central: Gruta Maya. Pagamos o mesmo valor da vinda: U$ 15 cada um. Pontualmente, o motorista foi buscar-nos no hotel. Só havíamos nós na Van. No caminho, máquinas estavam fazendo a manutenção da estrada (na Guatemala, as estradas são feitas de concreto e não de asfalto), o que atrasou-nos um pouco.

Na fronteira, tudo transcorreu normalmente. Pagamos novamente para entrar em Honduras: U$ 3 cada. Dali até Copán são apenas 13 km. Foi a fronteira mais calma e, também, a mais próxima entre duas cidades de países vizinhos que passamos. Entramos em Copán por volta das 10h30, de onde pegamos um ônibus da empresa Hedman Alas para La Ceiba, em Honduras. O barco para as Bay Islands – nosso próximo destino – saía dessa cidade. A passagem custou U$ 22. Os ônibus dessa empresa são bem confortáveis, com ar condicionado, filme e lanche. O problema é que demora muito. Paramos em uma cidade chamada San Pedro Sula, onde houve troca de ônibus. Ficamos esperando em uma sala vip da empresa, enquanto nossas malas eram passadas para o outro veículo. Chegamos em La Ceiba, às 19h.

Visto

Brasileiros não precisam de visto prévio.

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